Depois de dois empates, o Brasil fechou sua participação nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa 2018 com vitória por 3x0 sobre o Chile, na noite desta terça-feira (10), no Allianz Parque, em São Paulo. Depois de um primeiro tempo morno, o time de Tite acordou no segundo tempo e construiu a vitória com relativa facilidade. Com isso confirmou o primeiro lugar com 41 pontos. A partir de agora serão apenas mais três amistosos - Japão, Inglaterra e Alemanha - antes da convocação final para a Copa.
Pelas necessidades de cada um era mais do que esperado que o Chile tivesse uma postura mais ofensiva. E assim fez o técnico Juan Antonio Pizzi, emulando seu antecessor, Jorge Sampaoli: pôs o time para marcar os zagueiros brasileiros, dificultando ao máximo a saída de bola. Até aí tudo normal. O que não se esperava é que o Brasil aceitasse a pressão chilena com tanta passividade, principalmente os maiores responsáveis pela articulação das jogadas.
Renato Augusto e, principalmente, Philipe Coutinho, não se movimentaram o suficiente para criar as linhas de passe suficientes e sacrificaram muito Neymar e Gabriel Jesus. A dupla precisou voltar até próxima do círculo central para participar do jogo, quase sempre marcados por dois adversários e com o agravante de estarem de costas para a área chilena.
Se conseguia anular o Brasil, o Chile teve dificuldade para criar situações de finalização. Na prática, o que o time visitante fez de melhor foi uma cabeçada de Vargas nas mãos de Ederson. O Brasil respondeu com um chute de Neymar, desviado por Bravo; e uma cabeçada de Gabriel Jesus nas mãos do goleiro chileno.
Bastaram 11 minutos de segundo tempo para o Brasil fazer tudo que não fizera nos 45 minutos anteriores. Principalmente Philipe Coutinho, mais ligado e participativo. Mas o primeiro gol, aos nove, saiu numa falta cobrada com efeito por Daniel Alves. Bravo deu rebote e Paulinho apareceu como os melhores centroavantes para completar para as redes. Dois minutos depois, o trio ofensivo formado por Coutuinho, Neymar e Gabriel Jesus finalmente apareceu. O camisa 11 fez um lançamento preciso para Neymar rolar para Jesus empurrar para o gol vazio.
Sem nenhum motivo, os nervos dos jogadores dos dois times afloraram após o 2×0 relâmpago do Brasil. Paulinho tomou um empurrão de Hernández. Os chilenos, vendo sua situação complicar partitram para cima. Os brasileiros não gostaram e foi empurrão para tudo quanto é lado. A turma do deixa-disso entrou em ação e os ânimos foram serenados.
Quando a bola voltou a rolar, o técnico chileno não teve outra alternativa a não ser abrir seu time. Com espaço, o Brasil tomou conta do jogo. Trocou passes com mais facilidade, não foi pressionado e poderia até ter ampliado o marcador, não fosse a percepção de alguns jogadores no posicionamento na hora do contra-ataque.
O desespero dos chilenos levaram ao terceiro gol do Brasil aos 48. Bravo foi para a área na cobrança de escanteio, mas a defesa canarinha afastou. Willian lançou Gabriel Jesus, que entrou com bola e tudo.
Brasil
Ederson; Daniel Alves, Marquinhos, Miranda e Alex Sandro; Casemiro, Paulinho e
Renato Augusto (Fernandinho); Philipe Coutinho, Gabriel Jesus e Neymar
(Willian). Técnico: Tite.
Chile
Bravo; Isla, Medel, Jara e Beausejour; Fuenzalida (Puch), Aránguiz (Pulgar),
Hernández (Paredes) e Valdívia; Vargas e Alexis Sánchez. Técnico: Juan Antonio
Pizzi.
Local: Allianz Parque (São Paulo). Árbitro: Roddy Zambrano. Assistentes: Byron
Romero e Christian Lescano, todos do Equador. Gols: Paulinho, aos nove; Gabriel
Jesus, aos 11 e 48 do segundo tempo. Cartões amarelos: Isla, Philipe Coutinho e
Neymar.
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